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Mortos na ditadura não são vítimas, mas heróis, diz Lula

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Por Adriana Chiarini
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, em evento no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, que é preciso "transformar os mortos em heróis e não em vítimas", referindo-se ao período da ditadura militar. De acordo com ele, "todas as vezes que falamos dos estudantes e operários que morreram (na luta pela democracia), falamos mal de alguém que os matou". Para Lula, isso significa tratar os mortos como vítimas, e não como heróis. Nos últimos dias, está havendo um debate público levantado pelos ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, sobre se os militares responsáveis por tortura durante a ditadura militar deveriam ou não ser julgados por crime comum, sem o benefício concedido pela Lei da Anistia. Em outro momento do discurso, Lula afirmou que estava presente no evento em frente ao terreno onde ficava a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Aterro, para reconhecer a culpa do Estado pela destruição do prédio. "Não quero culpar uma ou outra pessoa, quero culpar o Estado brasileiro do qual sou presidente", afirmou. Lula comentou ainda que "o Brasil é um País que não tem heróis". Segundo o presidente, apenas Tiradentes é lembrado como herói no Brasil.

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