Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgada nesta quarta-feira, 6, apontou que falecidos, políticos eleitos, suplentes e outras pessoas fora das exigências do Bolsa Família recebem o benefício. Segundo o documento, também foram identificadas "falhas na segurança da informação", o que aumentaria o risco de vazamento de dados confidenciais. Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) rebateu as acusações.
O sistema em que ocorreram as fraudes, gerido pelo MDS, é utilizado pela Caixa Econômica Federal na liberação do benefício, explica a auditoria. As falhas estariam em "inconsistências de informações relacionadas a renda e patrimônio, identificação do responsável legal pela família e no cálculo do valor do benefício", segundo o TCU, que pediu revisão dos procedimentos pelo MDS.
Por sua vez, o Ministério afirmou que "desde 2005, vem implantando constantemente ações que aprimoram o Cadastro Único - base de dados usada pelo Bolsa Família e outros programas sociais". "Os aspectos passíveis de aprimoramento são diagnosticados e corrigidos pelo MDS e tais diagnósticos e correções são informados aos órgãos de controle quando da realização de auditorias", acrescentou.
A nota do Ministério assegura ainda que "o aplicativo de cadastramento foi aprimorado em 2008, a fim de garantir a transmissão apenas de registros que preenchem os requisitos de qualidade das informações."