Mortalidade na infância cai 65% no Brasil de 1990 a 2006--Unicef

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Por Redação
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A taxa de mortalidade na infância no Brasil caiu 64,9 por cento entre 1990 e 2006, informou nesta terça-feira o Unicef. Com a queda no índice, o país avançou 27 posições no ranking da entidade que mede a mortalidade de crianças menores de 5 anos. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em relatório que avalia a situação geral da infância em 194 países, afirmou que o Brasil teve 20 mortes de menores de 5 anos por mil nascidos vidos em 2006, contra 57 mortes por mil nascidos vivos em 1990. No ranking que coloca nas primeiras posições os países com as mais altas taxas de mortalidade na infância, o Brasil deixou a 86a posição e passou ao 113o lugar. Entre os que têm a menor taxa, estão Suécia, Cingapura, Espanha, Japão, Alemanha e Bélgica. Três países sul-americanos têm taxas de mortalidade melhores do que o Brasil: Chile (9 mortes por mil nascidos vivos), Uruguai (12 mortes por mil), e Argentina (16 mortes por mil). Em números absolutos, 74 mil crianças morreram em 2006 no Brasil antes do quinto aniversário, segundo o relatório, divulgado no site do Unicef. A taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano de idade) também teve queda, de 46,9 por mil nascidos vivos em 1990 para 24,9 por mil nascidos vivos em 2006, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citados pelo Unicef, o que representa queda de 44,9 por cento. A representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, afirmou que há grandes disparidades regionais na mortalidade infantil. "Ao analisarmos os dados por regiões, por renda familiar ou por raça e etnia, aparecem as desigualdades", disse Poirier em comunicado. "Quem morre mais é a criança pobre, a negra e a indígena." O relatório do Unicef também apresenta o desempenho dos Estados no Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI), em que São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro apresentaram os melhores resultados. As Regiões Norte e Nordeste continuam com os piores índices do país. Com base em indicadores de 2006, todos os Estados e o Distrito Federal alcançaram no mínimo um nível de desenvolvimento infantil médio, segundo comunicado do Unicef. (Por Pedro Fonseca)

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