PUBLICIDADE

Morre ACM, o último grande coronel da política

Parlamentar baiano, de 79 anos, estava internado no Incor desde o dia 13 de junho, com problemas renais e cardíacos; enterro será à tarde em Salvador

PUBLICIDADE

Por Moacir Assunção e Tiago Décimo
Atualização:

Último grande coronel da política e figura onipresente na história do poder no País nas últimas décadas, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), de 79 anos, morreu ontem às 11h40 no Instituto de Coração (Incor) em São Paulo. ACM teve, segundo boletim médico, falência múltipla dos órgãos e insuficiência cardíaca. Estava internado desde 13 de junho com problemas renais e cardíacos. Há uma semana, seu quadro começou a se agravar, após sofrer uma crise gastrointestinal. O corpo de ACM saiu do hospital por volta das 17 horas em um veículo da Prefeitura de São Paulo, seguido por um cortejo de carros escuros que levavam a família. Ele foi levado para a Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, de onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), cedido pela Presidência, levou-o para Salvador. Chegou às 20h46 à Base Aérea de Salvador, onde o esperavam cerca de 200 pessoas entre parentes, amigos e políticos, incluindo o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PMDB), o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o ex-governador e presidente do DEM no Estado, Paulo Souto. ACM foi levado em carro aberto do Corpo de Bombeiros do aeroporto até o Palácio da Aclamação, onde sua família já esperava. O velório é aberto ao público, que, ainda antes da chegada do avião a Salvador, fazia fila na entrada do palácio - que foi residência oficial de ACM quando ocupou o cargo de governador. O senador será enterrado na tarde de hoje, no Cemitério Campo Santo, ao lado do filho, Luís Eduardo Magalhães, que morreu em 1998. Em São Paulo, durante todo o dia, parentes de ACM estiveram no hospital - sua mulher, Arlete, o filho Antonio Carlos Magalhães Júnior, o neto, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), a filha, Tereza, e a viúva de Luís Eduardo, Michele. Também foram até lá políticos, como o senador Romeu Tuma (DEM-SP) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.