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Moro fala em privatizar Petrobras e 'todas as estatais'

Ex-ministro e pré-candidato à Presidência da República classifica a estatal como 'atrasada' em relação ao contexto atual do setor de energia

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Por Davi Medeiros
Atualização:

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) levantou nesta terça-feira, 1º, a possibilidade de privatizar a Petrobras e “todas as estatais”. Durante visita ao interior paulista, em São José do Rio Preto, o presidenciável classificou a petroleira como “atrasada” no setor de energia e defendeu a criação de um “ambiente favorável” para os negócios no País.

Moro argumentou que o resto do mundo caminha para priorizar a geração de energia limpa, como a solar, em detrimento da fóssil, vinda da exploração de petróleo. "A Petrobras teve papel importante para o País, mas é uma empresa atrasada, que ainda vive da exploração do petróleo, um combustível que o resto do mundo já não está mais usando”, disse, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

Ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro criticou a visita do presidente à Rússia. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Em entrevista ao Estadão em novembro, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, responsável por elaborar o plano econômico no projeto de governo de Moro, afirmou considerar necessária a criação de condições para abrir a economia brasileira ao setor externo, mas fez uma ponderação sobre a quantidade de estatais que deveriam ser privatizadas. “É importante que se dê uma correta dimensão de qual é o tamanho do Estado na economia”, disse.

De forma semelhante a Moro, outros presidenciáveis da ‘terceira via’ levantam o argumento da sustentabilidade ao se referirem ao "core-business" da Petrobras. O pré-candidato do Novo, Felipe d’Avila, afirmou recentemente que falta “visão de futuro” a quem propõe manter a petroleira sob domínio do Estado. “O mercado mundial caminha em direção a uma economia de baixo carbono. A escolha certa para o longo prazo é a privatização”, disse d’Avila nas redes sociais. 

A declaração foi uma resposta ao pré-candidato Ciro Gomes (PDT), que pretende “reestatizar” a companhia e transferir 60% de seu capital de volta para a União. Felipe d'Avila rebateu e chamou a proposta de populista. “O populismo sempre oferece uma solução que não funciona, e de quebra ainda concentra poder”, afirmou o pré-candidato do Novo. 

O postulante do PSDB ao Planalto, João Doria, também já revelou que pretende colocar a Petrobras à venda caso seja eleito. Em live com ex-presidentes no último domingo, 30, o tucano defendeu que a companhia seja desmembrada em “três ou quatro” empresas para torná-la mais competitiva.

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