
07 de fevereiro de 2017 | 20h15
Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 7, que o ministro licenciado da Justiça e Segurança Pública Alexandre de Moraes é um nome "excepcionalmente preparado" para a Suprema Corte. Na avaliação de Marco Aurélio, Moraes prestou "serviços relevantes" à frente do governo Michel Temer.
O nome de Moraes foi anunciado oficialmente nesta segunda-feira, 6, pelo Palácio do Planalto, conforme antecipado no estadão.com.br pela colunista Vera Magalhães.
"Ele (Moraes) é excepcionalmente preparado. Foi superaplicado como professor e como integrante do Ministério Público, exerceu cargos importantes, conhece como ninguém a problemática da segurança pública. Ele virá somar", comentou Marco Aurélio.
Para Marco Aurélio, os críticos à indicação não "compreendem o que é uma cadeira no Supremo". "Não há vinculação política", disse Marco Aurélio, que conversou com Moraes por telefone após a indicação.
"Nós nos falamos costumeiramente, somos amigos", disse Marco Aurélio.
Indagado sobre a gestão de Moraes à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marco Aurélio reconheceu que a pasta é a "mais difícil da Esplanada".
"Como ele tem uma atuação ostensiva, não fica encastelado, ele esteve na vitrine, aí o estilingue funcionou. Ele vinha prestando, numa época de crise grave, serviços relevantes. Mas com desgaste político, desgaste frente à opinião pública, frente aos formadores de opinião", avaliou Marco Aurélio. À frente da pasta, Moraes teve uma gestão conturbada, marcada pela crise no sistema penitenciário, pela antecipação de uma fase da Operação Lava Jato e por críticas à política de combate às drogas.
PERFIL. Em entrevista ao Broadcast no dia 20 de janeiro, Marco Aurélio já tinha elogiado o nome de Moraes para ocupar o posto de ministro do STF. Na ocasião, Marco Aurélio havia dito que "o perfil ideal é um nome com bagagem jurídica e experiência" para ocupar a vaga de Teori Zavascki na Corte.
"Aí nós temos, por exemplo, o ministro que está no Ministério da Justiça, que foi do Ministério Público, é professor, constitucionalista, foi secretário de Segurança Pública do prefeito Kassab, secretário de Justiça e Segurança Pública do governo Alckmin, e aceitou o sacrifício de ir para Brasília trabalhar no Ministério da Justiça", disse Marco Aurélio na época. (Rafael Moraes Moura e Breno Pires)
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