Na próxima quarta-feira, 28, a jornalista Mônica Veloso lançará o livro O Poder que Seduz,em São Paulo, que contará os "bastidores de Brasília e sua experiência como jornalista". Mônica é o pivô do escândalo envolvendo o presidente licenciado do Senado, com quem tem uma filha de três anos.Ele foi acusado de pagar a pensão à jornalista com dinheiro de um lobista ligado à construtora Mendes Junior. Veja Também: Mônica conta como virou uma coelhinha Caso Renan será votado na CCJ na próxima quarta-feira Cronologia do caso Entenda os processos contra Renan Com Mônica, revista vende o dobro na banca do Congresso Mônica Veloso evita falar de Renan no lançamento da Playboy O Poder que Seduz está dividido em sete capítulos, que descrevem desde a chegada de Mônica Veloso a Brasília até as conversas de corredor no Congresso Nacional. Leia alguns trechos do livro cedidos ao estadao.com.br: O Convite Acredito que não tenha aceitado o convite talvez pela falta de tempo mesmo, ou por não querer ou não me sentir preparada para me envolver com alguém. Em uma dessas ocasiões, ao tratá-lo (Renan) com a formalidade de sempre, ele retrucou "não me chame de senador", e não só pelas palavras, mas pelo tom com que foram ditas, ficou claro que não estava interessado em mim profissionalmente, mas como mulher. A Conquista Nossa música marcante foi a do filme "Lisbela e o Prisioneiro". A letra fala de pessoas que se querem, mas sofrem por não poder se unir. Misturávamos as nossas vozes com a do Caetano e cantávamos, baixinho, olhando no fundo dos olhos do outro: Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar… A sedução Um homem que convence o eleitor a elegê-lo por vários mandatos seguidos, conquista a confiança de seus companheiros para que o elevem a líder do partido, e depois a presidente do Senado, por que não pode seduzir uma mulher? Quem irá negar que o político é um especialista na arte da sedução? Se não fosse, não poderia persuadir, costurar acordos, conseguir a liberação de verbas, enfim, nunca sairia de sua cidade, nunca estaria em Brasília. A Intimidade Se não estivéssemos apaixonados, não teria durado tanto tempo, ele não teria se exposto de tal forma. Muitos dizem que da minha parte era interesse. Garanto que é mentira, eu não precisava do Renan para melhorar a minha condição financeira. Se fosse uma relação casual, momentânea ou escondida, por que eu teria participado de tantos momentos importantes no trabalho dele, de eventos do partido e tantos almoços e jantares com outros senadores? A pensão Logo que fiquei grávida, em novembro de 2003, Renan concordou em pagar pensão mensal de oito mil reais, a partir de março de 2004, para garantir uma gravidez (...) Em dezembro de 2005, com o fim do nosso relacionamento, o Renan passou a pagar a pensão, via doc, a partir do Senado, mas reduziu o valor de oito para três mil reais. Acho que qualquer pessoa que tenha uma pensão reduzida em 67% brigará pelos seus direitos, até porque não eram meus, mas de sua filha.