PUBLICIDADE

Molon leva PT sozinho no Rio e disputa Lula com Crivella

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Com baixíssimo percentual de intenção de votos nas últimas pesquisas, apesar de atuação elogiada como deputado estadual, o candidato do PT à prefeitura do Rio, Alessandro Molon, enfrenta uma situação delicada: a histórica falta de apoio da direção nacional do partido à legenda na cidade, a ausência de coligações e a disputa pela imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o adversário Marcelo Crivella (PRB). As estatísticas tampouco são generosas com o PT no Rio: ao contrário de todas as outras capitais do Sudeste, a cidade jamais teve uma administração petista. Em sabatina promovida pelo Grupo Estado, nesta sexta-feira, Molon atribuiu o fato a "uma série de erros do partido na condução de campanhas anteriores", como "erros em alianças e apostas equivocadas na comunicação". Ao contrário da situação da petista Marta Suplicy na corrida eleitoral da capital paulista, a acolhida do PT e do presidente Lula não é a mesma com o candidato à prefeitura do Rio. Enquanto Lula tem data marcada para estar ao lado de Marta em São Paulo, 30 de agosto, não há previsão para a vinda do presidente ao Rio. Na propaganda gratuita na televisão, Crivella chegou a usar uma rápida imagem em que aparece abraçando o presidente, o que é proibido pela legislação eleitoral, já que os políticos pertencem a diferentes legendas. "O PT ingressou ontem mesmo com uma representação na Justiça Eleitoral pedindo que a lei seja cumprida. É muito preocupante que alguém que quer ocupar um cargo público comece a sua campanha descumprindo a lei", criticou Molon. Na televisão, o vice-presidente, José Alencar (PRB), chegou a afirmar que Crivella é o "candidato do coração de Lula", informação que vem sendo repetida pelo senador em sua campanha municipal. Molon também reagiu: "Com toda franqueza, quem conhece bem o coração do presidente Lula é a dona Marisa, e não o vice-presidente da República". Apesar da perda do apoio do governador Sérgio Cabral à sua candidatura, o petista diz que contará com parcerias entre os governos municipal, estadual e federal para seus principais projetos na prefeitura. A campanha de Molon investe ainda no orgulho de ser petista, mesmo admitindo ter se sentido abalado com os escândalos e crises em 2005. Ele define qual é o "seu" PT: "Eu sinto orgulho do PT do Eduardo Suplicy, da Marina Silva, do Tarso Genro". (Reportagem de Carla Marques)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.