MMX Amapá nega que tenha cometido irregularidades

Empresa também afirma que não realiza atividades de mineração de ouro no Amapá

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Por Fabiana Holtz e da Agência Estado
Atualização:

A MMX, empresa de mineração controlada pelo grupo EBX, do empresário Eike Batista, enviou na tarde desta sexta-feira, 11, esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a investigação da Polícia Federal (PF) para apurar supostas irregularidades cometidas na concessão da estrada de ferro do Amapá. Em sua defesa, a companhia negou que tenha cometido qualquer irregularidade.   Veja também:  As ações da Polícia Federal no governo Lula OGX e MMX despencam após busca na casa de Eike Batista Eike Batista é alvo da PF em ação contra fraude em licitação   No comunicado, a MMX também afirma que não realiza atividades de mineração de ouro no Amapá, que não há ordem de detenção ou denúncia criminal contra executivos do grupo e que está à disposição da Justiça para esclarecimentos.   Após as informações sobre a operação da PF, as ações da MMX negociadas na Bovespa chegaram a recuar 16%, enquanto as da OGX (empresa do grupo do setor de petróleo) despencaram 22,75%. Às 16 horas, a MMX cedia 7,85% e a OGX recuava 8,41%.   Operação Toque de Midas   Pela manhã, equipes da Polícia Federal chegaram a escritórios do grupo, cumprindo mandados de busca e apreensão obtidos durante as investigações da Operação Toque de Midas - que investiga irregularidades na concessão da estrada de ferro do Amapá, que liga os municípios de Serra do Navio e Santana.   A PF também esteve na casa do empresário Eike Batista, no Rio de Janeiro. A operação pretende apurar também possível desvio de ouro lavrado no interior do Amapá.   A concessão é administrada hoje pela MMX Amapá, cujo controle foi vendido no início do ano para a companhia sul-africana Anglo American.   Segue a íntegra do comunicado:   "Face ao noticiário surgido nesta sexta-feira sobre a operação da Polícia Federal, a MMX Amapá, empresa do Grupo EBX que reúne investimentos no Estado, esclarece que:   1.A Polícia Federal esteve esta manhã nos estabelecimentos da MMX Amapá naquele Estado e no Rio de Janeiro, em cumprimento a mandados de busca e apreensão de documentos e informações expedidos pela Justiça Federal do Amapá, sobre supostas irregularidades no processo de licitação da concessão da Estrada de Ferro do Amapá.   2.A MMX Amapá nega que tenha cometido qualquer tipo de irregularidade ou ilícito nas ações ligadas à licitação, que resultou na outorga da concessão da Estrada de Ferro do Amapá em favor desta empresa.   3.No que tange à alegação de desvio de ouro "lavrado nas minas do interior do estado", a empresa declara que não realiza quaisquer atividades de mineração de ouro no Amapá ou em qualquer outra região do País.   4.A empresa informa, ainda, que, diante de rumores no Estado sobre existência de eventual investigação policial a respeito de suas atividades, colocou-se à disposição das autoridades locais para cooperar de todas as formas possíveis com o processo investigatório.   5.Na seqüência, ciente da decisão da Justiça Federal de Macapá, a empresa ajuizou perante o Tribunal Regional Federal da 1ª. Região, em Brasília, a medida cabível para garantir amplo acesso a qualquer investigação contra a empresa. O pedido foi deferido e a empresa ainda aguarda o cumprimento pela Justiça Federal local.   6.Registramos, também, que não há qualquer ordem de detenção ou denúncia criminal que tenha sido oferecida contra os executivos desta ou de quaisquer outras empresas do grupo.   7.Neste momento, a empresa reforça o seu propósito de estreita cooperação com qualquer investigação e reafirma a absoluta lisura de suas práticas empresariais, neste e em qualquer outro negócio seu ou de suas coligadas e controladas.   8.A MMX assegura que usará todos os instrumentos possíveis em defesa do patrimônio da empresa e do interesse dos seus acionistas, que acreditam no nosso projeto empresarial.   MMX Amapá Mineração Ltda. Rio de Janeiro, 11 de julho de 2008"

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