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Miro e oposição contestam criação de CPI da TVA

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Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

Líderes dos oposicionistas DEM, Onyx Lorenzoni, e PSDB, Antonio Carlos Pannunzio, além do líder do PDT, Miro Teixeira, contestaram a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta para investigar a compra da operadora de TV por assinatura TVA pela Telefônica. Lorenzoni acusou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), "desafeto da revista Veja", de usar a Câmara para tratar de uma questão pessoal para "cercear e para intimidar a liberdade de imprensa no País." Contra a criação da comissão, Lorenzoni argumentou que a CPI não pode "ser utilizada de modo leviano, iniciando-se por capricho ou perseguição política." Pannunzio disse que, por enquanto, a transferência de ações do Grupo Abril para a Telefônica não foi concretizada, porque a Anatel e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda analisarão o negócio entre as empresas. Portanto, não há objeto para uma CPI. "Vamos fazer CPI para quê? Para desagravar Renan Calheiros porque uma revista foi fundo nas investigações?", perguntou Pannunzio. O deputado Miro Teixeira questionou a análise do fato determinado para a investigação. "Não existe o anúncio de ilicitude do que se quer apurar", afirmou o líder do PDT. Além das assinaturas de apoio, para se criar uma CPI é necessário apontar um fato determinado a ser investigado. Em meio às contestações, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), autor do requerimento de CPI, defendeu a criação da comissão. "Quem não deve não teme. Qual o problema de se instalar essa comissão? Será que os 182 deputados que assinaram o requerimento são loucos e não respeitam os seus mandatos?", discursou.

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