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Ministros não se entendem sobre participação em campanhas

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Por Redação
Atualização:

A falta de entendimento entre os ministros sobre como participar das eleições municipais deste ano levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adiar para a próxima semana a definição das normas de conduta a serem adotadas. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, defendeu que os ministros ficassem limitados às campanhas em seus Estados de origem, mas outros ministros argumentaram ter uma atuação partidária mais ativa e que o ideal seria que pudessem participar em todos os Estados. Diante do impasse, Lula propôs que a decisão fosse tomada na próxima semana, em reunião com os ministros políticos. "O (José Antônio) Tofoli (advogado-geral da União) vai fazer uma cartilha com o que a Justiça permite e não permite", disse Múcio, acrescentando que o documento vai servir de base para a futura decisão. Segundo Múcio, os limites de participação dos ministros nas campanhas eleitorais são muito tênues. "Passagem aérea, por exemplo. Ir ao Estado de origem com passagem semanal (a que se tem direito) não pode. Mesmo que você pegue avião toda sexta-feira para seu Estado, não pode (utilizar a passagem) se você for fazer alguma atividade eleitoral", exemplificou. "O que não pode é tanta coisa que não consegui decorar. O que pode é muito pouco, se bobear é capaz de nem fazer campanha", acrescentou o ministro. Múcio disse que foi por conta dessas limitações que defendeu a participação apenas nos Estados de origem, mas contou que foi vencido "por aqueles ministros que têm militância partidária". Outra preocupação manifestada por Múcio é de que a base de apoio ao governo não volte unida após as eleições. "Seria mais seguro se aguardássemos o segundo turno, quando tivéssemos a base do governo toda de um lado e a oposição de outro", afirmou.

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