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Ministro nega gastança no governo e defende projetos que limitam despesas

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Por Redação
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Brasília - Diante das críticas sobre o aumento nos gastos públicos, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou que haja gastança no governo e defendeu os projetos no Congresso que limitam o crescimento da despesa com pessoal e estabelecem regras para o reajuste de salário mínimo. E aproveitou para propor um plano de trabalho em conjunto com os parlamentares para redução gradativa da carga tributária. Para o ministro, a aprovação dos projetos que definem as regras de despesas com pessoal e salário mínimo vão colocar um freio na trajetória dos gastos correntes. "Isso vai dar ao governo garantia de previsibilidade e de sustentabilidade para as nossas contas e também garantir que as despesas correntes cresçam menos que o PIB." O ministro cobrou da oposição um diálogo responsável. "Não dá para só fazer discurso", disse. Bernardo defendeu um diálogo aberto sobre contenção de gastos. "Seria mais produtivo sentarmos à mesa e discutirmos o que se pode fazer." Ele defendeu a contratação de 56 mil novos servidores, prevista na proposta de Orçamento 2008. "Ninguém pode dizer que está explosiva a trajetória das despesas com pessoal", afirmou, acrescentando que a conta está, em proporção do PIB, abaixo do nível de 1995. Para o ministro, ao conter a expansão das despesas correntes, o governo terá mais espaços para realizar investimentos. Ao mesmo tempo, também permitiria reverter o crescimento da carga tributária, que, segundo ele, ocorreu devido à expansão da economia e não por aumento de tributos. Lembrou que o único aumento de impostos feito pelo governo foi a cobrança de PIS/Cofins de produtos importados que, segundo ele, ocorreu por demanda dos empresários. Destacou ser importante fazer um esforço para redução da carga tributária, mas esse trabalho tem de ser feito de forma gradual. Na audiência pública, o ministro admitiu que o governo está devendo essa redução do peso dos impostos. O deputado e relator da proposta de renovação da CPMF, Antonio Palocci (PT-SP), afirmou que mais prejudicial para a economia do que a carga tributária é o nível de endividamento do País, que vem sendo reduzido por conta do equilíbrio fiscal.

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