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Ministro encerra leitura de defesas do caso mensalão

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Por PAULO R. ZULINO E LEONENCIO NOSSA
Atualização:

O ministro Joaquim Barbosa, relator do inquérito do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou a leitura das defesas dos envolvidos após uma hora e 16 minutos de discurso. Barbosa não deixou de fora as afirmações mais duras do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra os acusados de participar do suposto esquema de compra de apoio ao governo no Congresso. De forma enfática, Barbosa leu trechos da denúncia de 138 laudas em que o procurador sustenta a existência de uma "organização criminosa" no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro leu que Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, alegou em sua defesa que a denúncia contra ele se limitou a indicar o cargo por ele exercido na agremiação petista e sua amizade com o empresário Marcos Valério. Conforme o ministro, a defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu sustenta que todos os denunciados do chamado ''''núcleo central'''' sempre negaram que ele tivesse participação ou que tinha conhecimento de empréstimos ou repasses. O ministro Joaquim Barbosa também já leu os argumentos do ex-presidente do PT José Genoino. O atual deputado federal por São Paulo pela mesma agremiação negou que tenha se encontrado com os chamados "núcleos publicitário e financeiro". A defesa de Genoino garante que ele manteve apenas "encontros esporádicos com Marcos Valério, na sede do PT ou em solenidades públicas". Afirmou ainda que a tomada de empréstimos era competência do secretário de finanças do PT, sendo que a assinatura de Genoino era apenas uma formalidade.

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