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Ministro da Saúde não descarta voltar à Câmara para tentar restituir Picciani

Estratégia pode ser adotada para aumentar a bancada governista do PMDB e possibilitar a apresentação de uma nova lista que devolva a liderança ao deputado; outros aliados também consideram lançar mão da tática

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Por Daniel de Carvalho
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Saúde, Marcelo Castro, filiado ao PMDB do Piauí, disse nesta quarta-feira, 9, não descartar se licenciar do ministério para reassumir sua vaga de deputado federal para tentar ajudar Leonardo Picciani (PMDB-RJ) a retornar à liderança do PMDB.

Castro deixou a Câmara em 5 de outubro para assumir o Ministério da Saúde. O suplente que assumiu a vaga é Flávio Nogueira (PDT-PI). A estratégia pode ser adotada para aumentar a bancada governista do PMDB e possibilitar a apresentação de uma nova lista que devolva a liderança a Picciani. Para trocar o líder é preciso ter maioria da bancada, que hoje tem 66 deputados.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro Foto: ANDRÉ DUSEK|ESTADAO

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Leonardo Picciani foi destituído nesta manhã, depois que 35 peemedebistas da ala oposicionista do partido –incluindo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)- reuniram assinaturas para indicar um novo líder, Leonardo Quintão (PMDB-MG).

“O que eu puder fazer, que estiver ao meu alcance para manter a liderança dele, eu farei. É um caso a se analisar, mas não descarto essa possibilidade de pronto”, disse Marcelo Castro ao Estado. O ministro ressaltou, no entanto, que ainda não analisou a questão. “Uma decisão neste sentido teria que ser discutida com a presidente Dilma”, afirmou.

Assim como Castro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB-RJ), foi indicado por Picciani na reforma ministerial conduzida pela presidente Dilma Rousseff em outubro deste ano para tentar reunir a base governista.

Pansera descartou retornar à Câmara porque seu suplente também é filiado ao PMDB, logo, sua volta ao Congresso não alteraria a bancada peemedebista. “Picciani tem outros instrumentos para isso”, disse o ministro, que afirmou estar acompanhando a disputa em seu partido apenas por grupos de Whatsapp.

Picciani tem outras alternativas para ampliar o número de deputados favoráveis a ele na bancada peemedebista. Dois secretários do Rio de Janeiro se disseram disponíveis para retomar seus mandatos na Câmara e apoiá-lo. São o secretário de Esporte, Lazer e Juventude do governo do Rio, Marco Antônio Cabral, e o secretário-executivo de coordenação de governo do Rio, Pedro Paulo.

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Além disso, ele conta com a chegada de Nilson Bezerra (PMDB-RJ), que assumirá vaga do deputado Walney Rocha (PTB-RJ), que deve deixar assumir cargo.

Por fim, aliados de Picciani contam com a possibilidade de volta do deputado Carlos Henrique Gaguim (TO) ao PMDB. Ele deixou o partido para se filiar ao recém criado Partido da Mulher Brasileira (PMB).