Ministro da Justiça evita comentar invasão de escritório da PF

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, disse hoje não ter informação alguma sobre uma eventual motivação política para invasão de um escritório do serviço de inteligência da Polícia Federal, em São Luís do Maranhão. "Não cabe à Polícia Federal ou ao Ministério da Justiça considerar a razão da invasão. Porém, é uma pena que tenha ocorrido isto, já que tínhamos um trabalho da mais alta complexidade naquele escritório", afirmou. Indagado se ele conversou depois do episódio com a governadora Roseana Sarney, o ministro respondeu que não e que também não vai conversar com ela. Diante da insistência sobre o que teria falado dos fatos ocorridos ontem à noite, o ministro foi lacônico e disse: "Os fatos falam por si mesmo". Perguntado pela Agência Estado se o episódio estava encerrado, ele respondeu que sim e acrescentando: ?a não ser que surjam novos fatos". Ele foi extremamente cauteloso diante da insistência da imprensa. Aloysio limitou-se apenas a descrever a função deste escritório da Polícia Federal na capital do Maranhão. O diretor da Policia Federal, Agílio Monteiro, evitou fazer qualquer comentário e disse que fazia das palavras do ministro as dele. "Tudo o que tínhamos que falar sobre o episódio de ontem, o ministro já esclareceu. Não tenho nada a acrescentar". De acordo com o ministro, o escritório de inteligência da PF no Maranhão funcionava há oito meses e sua função era exclusivamente investigar redes do narcotráfico. De acordo com ele, a PF apreendeu, recentemente, 700 quilos de cocaína e prendeu um francês e um belga que faziam parte de uma rede de narcotraficantes que operava na Espanha, França e Brasil. ´Este escritório é um instrumento da PF no combate ao narcotráfico e, inclusive, vinha colaborando há tempos com a polícia estadual", afirmou.

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