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Ministro afasta médicos e funcionários que lesaram SUS

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um grupo de quatro médicos e três funcionários do Hospital Cristo Redentor, de Porto Alegre, foi demitido por justa causa por fraudar licitações, cobrar dos pacientes cirurgias feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e adulterar documentos para obter ressarcimento por procedimentos não realizados. A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, nesta sexta-feira, em Porto Alegre, como resultado de um processo administrativo que investigava as irregularidades desde setembro do ano passado. O Hospital Cristo Redentor é uma das quatro unidades do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), mantido pelo Ministério da Saúde na capital gaúcha. A apuração das fraudes, que ocorriam desde 1996, começou em setembro do ano passado, após pedido de esclarecimentos do Tribunal de Contas da União. Durante a investigação 15 médicos e funcionários foram afastados. Oito deles serão reintegrados porque não foi comprovado que tenham participado das fraudes. O GHC não divulgou os nomes das pessoas afastadas para evitar processos por dano moral. Na área de próteses e órteses, as principais irregularidades comprovadas foram adulteração de notas de sala cirúrgica com quantitativos maiores do que os realmente usados e processos de compra efetivados após o material ser colocado em pacientes. Com isso, os participantes do esquema aumentavam suas remunerações. A investigação também encontrou cobrança indevida de cirurgias feitas pelo SUS. Pacientes que faziam consultas nas clínicas particulares eram orientados a procurar o mesmo médico no horário em que ele estava no plantão no hospital público. Internados como caso de emergência, eram imediatamente operados pelo SUS. Mas nem por isso deixavam de pagar valores entre R$ 1 mil e R$ 1,8 mil aos médicos, em transações comprovadas por testemunhos, cheques nominais, depósitos em contas bancárias e notas fiscais de clínicas privadas para o mesmo procedimento.

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