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Ministro acumula derrotas políticas na gestão de Dilma

Orlando Silva quase perdeu o cargo para deputada de Pernambuco e viu braço executivo da APO ser descartado

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Por Redação
Atualização:

RIO - Além do desgaste com as evidências de uso político e má administração do programa Segundo Tempo, reveladas pelo Estado, o ministro do Esporte, Orlando Silva tem colecionado derrotas políticas desde a eleição da presidente Dilma Rousseff.

 

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Uma das principais lideranças do PC do B, o ministro quase perdeu o cargo para a ex-prefeita de Olinda e hoje deputada Luciana Santos (PC do B-PE) na transição do governo, mas o comando do partido não aceitou a mudança. Dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Clube dos Treze também saíram em defesa de Orlando Silva, com o argumento de que ele já estava à frente de uma série de ações para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. O lobby funcionou e Dilma manteve o ministro onde estava.

 

Os planos do PC do B de ocupar, além do ministério, os principais cargos das estatais criadas para os Jogos Olímpicos do Rio, no entanto, foram por água abaixo. Dilma não só determinou a revisão de todo o projeto da Autoridade Pública Olímpica (APO), como escolheu o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para comandar a nova autarquia. Segundo assessores, Dilma quis evitar uma briga política em torno da APO no momento em que os partidos travam uma guerra por cargos no segundo escalão.

 

A presidente também decidiu acabar com a Brasil 2016, empresa que seria criada como um braço executivo da Autoridade Olímpica. Em janeiro, o Estado noticiou que a Brasil 2016 era uma "estatal fantasma".

 

Aliados do ministro, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, do PMDB, discordaram do modelo da APO. "Nada nos foi comunicado, nem a presidente Dilma falou publicamente sobre mudanças (na APO). A presidente sempre teve uma atitude muito amistosa com o PC do B", diz o presidente do partido, Renato Rabelo.

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