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Ministra nega saída de Ana de Hollanda da Cultura

Titular do MinC enfrenta críticas de artistas, intelectuais e militantes, que pedem publicamente sua saída da pasta; queixas vão de despreparo à envolvimento com instituição suspeita de fraude

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - O forte abraço dado nesta terça-feira, 20, pela presidente Dilma Rousseff na ministra da Cultura, Ana de Hollanda, no encerramento da cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), acabou provocando uma rápida intervenção preventiva de outra ministra, a de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas. Imediatamente após o abraço, Helena fez questão de declarar para a imprensa que Ana de Hollanda "não está saindo do governo", antecipando-se a quaisquer novas especulações que o abraço poderia suscitar sobre a saída da titular da Cultura.A mais recente baixa no primeiro escalão do governo Dilma foi a de Afonso Florence, que deixou o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) este mês sob críticas a respeito do ritmo que imprimiu à reforma agrária, para ser substituído por Pepe Vargas. Ambos são petistas. Ana de Hollanda também já enfrentou - e enfrenta - rumores de que estaria prestes a ser substituída por Dilma Rousseff.Desde o final da semana passada, manifestos de artistas e intelectuais começaram a circular pedindo abertamente sua substituição à presidência Dilma Rousseff. Os signatários são críticos da gestão de Ana e argumentam que a ministra é despreparada para ocupar o cargo.A ministra acumula momentos de mal-estar desde o primeiro ano de governo e o mais recente envolve denúncias de que o ministério teria agido em favor do Escritório de Arrecadação e Distribuição de Direitos (Ecad) em um processo no qual a instituição é acusada de cartelização e gestão fraudulenta. O Ecad é alvo de CPI no Senado, que deverá propor o indiciamento de quatro dos seus diretores por formação de quadrilha, cartel e apropriação indébita.

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