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Ministra do Planejamento contesta operação padrão da Polícia Federal

A intenção da PF é pressionar o governo, que cortou R$ 1,5 bilhão do Orçamento do Ministério da Justiça neste ano; para Miriam Belchior, organização já recebe tratamento diferenciado

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Por Redação
Atualização:

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta quarta-feira, 23, ter ficado surpresa com a decisão da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) de desencadear uma operação padrão a partir de quinta-feira, 24, em todos os postos de fronteira e bases fluviais instaladas em rios estratégicos que cortam a Amazônia, vindos de países vizinhos. A intenção é pressionar o governo, que cortou R$ 1,5 bilhão do Orçamento do Ministério da Justiça neste ano e praticamente inviabilizou os desembolsos de R$ 200 milhões previstos para serem liberados dentro do Plano Estratégico de Fronteiras.Os recursos seriam destinados para aumentar o contingente de policiais federais, melhorar instalações e oferecer pagamento adicional para os agentes lotados nos 16,8 mil quilômetros de fronteira seca com países vizinhos. Os servidores da PF em 12 Estados e no Distrito Federal também preparam uma manifestação em frente ao Ministério da Justiça amanhã para defender o adicional aos policiais que trabalham nas fronteiras."Eu acredito que a Polícia Federal foi uma das poucas instituições que receberam recursos adicionais depois do ajuste que foi anunciado no começo do ano", afirmou a ministra após participar de almoço na Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, em São Bernardo do Campo (SP).De acordo com a ministra, a Polícia Federal recebeu um tratamento diferenciado das demais áreas justamente pela importância que a presidente Dilma Rousseff dá às ações policiais, especialmente nas fronteiras. "Então, eu fui surpreendida por esse anúncio, porque foi exatamente o inverso, foi uma das poucas áreas beneficiadas por um pequeno ajuste de recursos durante o ano".

 

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