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Ministra de Meio Ambiente quer ajuste de Código Florestal no Senado

'Imperfeições' do texto aprovado na Câmara têm que ser corrigidas, segundo Izabella Teixeira

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Por Redação
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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu nesta quarta-feira, 8, ajuste das "imperfeições" do texto de reforma do Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados em maio. "Não podemos ter um texto que gere contradições e não esclareça o agricultor familiar quais são seus direitos, ou como regulariza a situação do passado", disse a ministra.A declaração à imprensa foi feita após reunião com os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jorge Viana (PT-AC), Luiz Henrique (PMDB-SC) e Delcídio Amaral (PT-MS) para tratar do texto do Código Florestal, que tramita no Senado. Viana e Henrique serão os relatores do Código na Comissão de Meio Ambiente e na de Agricultura, respectivamente."Tivemos uma discussão sobre processo, engajamento e uma visão política do Senado. A ideia é realmente ter um processo amplo de debate e negociação", afirmou Izabella.Viana admitiu que, após a aprovação do texto na Câmara dos Deputados, houve um clima de disputa. "No fundo estamos tentando mudar a temperatura, trabalhar a questão do tempo. Esse tema está muito presente na sociedade, o governo tem postura bastante madura de querer resolver o passado e apontar um bom caminho para o futuro", afirmou o petista.Segundo os senadores, o objetivo é fazer um relatório conjunto entre as duas comissões. "Se isso não for possível, não tem problema. Se um ponto ou outro numa comissão ficar divergente, o plenário do Senado vai ter maturidade para votar", disse Viana.Nesta terça, durante cerimônia de criação da Comissão Nacional e do Comitê Nacional de Organização da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorrerá 20 anos depois da Eco-92, realizada no Rio, a presidente Dilma Rousseff disse que não negociará a questão do desmatamento no Código Florestal. "Não negociaremos e não tergiversaremos com a questão do desmatamento. Vamos cumprir os compromissos que assumimos e não permitiremos que haja uma volta atrás na roda da História", discursou Dilma.

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