
23 de setembro de 2013 | 19h41
Três semanas após ter opinado a favor da criação do partido Solidariedade, o Ministério Público Eleitoral reviu nesta segunda-feira, 23, sua posição. Disse que há indícios de fraudes na formação da legenda e decidiu pedir à Polícia Federal que abra um inquérito para apurar suspeita de crime eleitoral.
Assinado pelo novo vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, o parecer sustenta haver indícios de irregularidades na obtenção de assinaturas de apoio à criação do partido. Há suspeitas de fraudes nas fichas de apoio apresentadas à Justiça Eleitoral, principalmente em Suzano e Várzea Paulista. Também existem indícios de que teria sido utilizado um sindicato ligado aos servidores do Legislativo da União para conseguir as assinaturas.
‘Marina demorou’, diz criador de siglas
Para ter o direito de lançar candidatos na eleição de 2014, o Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), tem de obter o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o final da próxima semana. Mas, diante do novo parecer do Ministério Público, o prazo pode ser exíguo. Caberá ao plenário do TSE decidir nesta terça-feira, 24, se o processo será ou não convertido em diligência. Para Aragão, os fatos noticiados no processo do Solidariedade "dão conta da ocorrência de eventos capazes de macular o pedido de registro do partido requerente". Por esse motivo, ele sugeriu a realização de diligências junto às zonas eleitorais.
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