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Ministério Público tem parte nos abusos da PF, diz Mendes

Presidente do STF culpa alguns integrantes do MPF por não fiscalizarem e coibirem a ação abusiva da PF

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Por Mariângela Gallucci , de O Estado de S. Paulo , e Carolina Freitas e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, voltou a criticar nesta terça-feira, 31, a postura adotada por alguns integrantes do Ministério Público Federal (MPF), que no seu entender não fiscalizam a Polícia Federal (PF), mas acabam tendo parte nos abusos cometidos por essa instituição. "Muitas vezes, o próprio MPF é parte naquilo que nós dizemos (classificamos de) ação abusiva da polícia", afirmou Mendes, ao chegar para evento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em São Paulo.

 

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O ministro defendeu, mais uma vez, a criação de uma corregedoria jurídica para controlar as ações da PF. E classificou a atuação do MPF como "um tanto quanto abstrata". Segundo ele, um juiz deveria exercer o controle externo da atividade policial para evitar abusos. "Os senhores sabem que esse tal controle externo do Ministério Público é algo lítero-poético-recreativo, não tem funcionado a contento", afirmou. "Haveria uma vara especial para fazer esse controle. Já estamos cansados, temos um elenco, um dicionário de abusos, sabemos mais ou menos de cor e salteado, de A a Z, o que se pode fazer em série de abusos."

No entanto, o diretor da PF, Luiz Fernando Correia, disse que o órgão não atuou de forma política na Operação Castelo de Areia. "A Polícia Federal não se moveu, não praticou nenhum ato motivado por questões partidárias ou políticas", afirmou.

 

Texto ampliado às 18h32

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