Ministério da Saúde vai ampliar leitos para aidéticos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério da Saúde decidiu ampliar o número de leitos para pacientes com aids, utilizando vagas em hospitais universitários. O anúncio foi feito pelo diretor do Programa Nacional de DST e Aids, Pedro Chequer, durante o 12.º Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e aids, realizado no Rio. "À medida que temos novos pacientes e os pacientes antigos estão vivendo mais, é natural que haja necessidade de mais leitos. Em reunião realizada na quinta-feira foi tomada a decisão de ampliação dos leitos para aids, utilizando hospitais universitários e filantrópicos. A expectativa é de que poderemos ampliar o número de leitos entre 500 e 1.000, de acordo com a necessidade", declarou Chequer. De acordo com estudo do Ministério da Saúde, em 1989 a sobrevida média do paciente de aids era de 5,1 meses no País. Em 2000, a sobrevida média no Brasil subiu para 60 meses. A expectativa é que a sobrevida chegue a 100 meses em 2005, quando será concluído novo estudo, disse o diretor do programa de aids. "Eu não diria que a epidemia está sob controle no Brasil. Vemos que está com tendência à estabilização. Muito esforço ainda temos que fazer para que alcancemos essa situação. Para isso, a prevenção é fundamental." Chequer afirmara ao Estado, no sábado, que o ministério deverá adotar como procedimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de janeiro de 2005, a realização de cirurgias plásticas em pacientes com aids. Hoje, participantes do Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e aids fizeram uma manifestação na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Eles protestavam contra a suspensão judicial do passe livre intermunicipal para soropositivos, o suposto descumprimento pelo governo estadual de decisões judiciais relativas ao acesso a medicamentos e a falta de remédios para doenças oportunistas, atribuída à secretaria estadual da Saúde.

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