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Minc volta a trocar farpas e rebate críticas de Lobão

Por AE
Atualização:

Apesar da promessa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que não entraria mais em atrito com os colegas da Esplanada, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, rebateu ontem as críticas do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para quem o País só usa um terço da capacidade hidrelétrica por causa de dificuldades e embaraços no setor ambientalista. ?Eu defendo o Lobão porque temos que defender todas as espécies da extinção?, ironizou Minc. ?Tenho tido grandes acordos com ele e quero acreditar que esses entraves não sejam da nossa alçada.?Minc disse que, das 18 hidrelétricas em processo de licenciamento, só cinco estão à espera de pareceres na sua pasta. As outras, afirmou, estariam com problemas para obter a licença estadual com a Fundação Nacional do Índio (Funai) ou com o Ministério Público. ?Três nós vamos dar o licenciamento e duas não vamos dar?, adiantou. ?Para vários empreendimentos nós vamos dizer não e o presidente Lula tem consciência disso. Parafraseando ele, nunca se deu tanta licença na história desse País.? O ministro adiantou que, até o fim do mês, serão anunciadas novas regras para apressar o processo de licenciamento, batizadas de "Destrava 2". Segundo disse, após o "Destrava 1", as licenças hoje são concedidas, em média, com um ano a menos que na gestão anterior.Em outra polêmica que se envolveu, Minc foi convocado a comparecer amanhã a uma audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara para explicar por que chamou os ruralistas de ?vigaristas?. O pedido é do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), que classificou o comentário do ministro como ?irresponsável?. O parlamentar espera um pedido de desculpas ante a bancada ruralista. Caso o ministro falte à audiência, o grupo está disposto a solicitar ao presidente da Câmara, Michel Temer, que entre com processo contra Minc por crime de responsabilidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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