BRASÍLIA - Após um dia de tensão e incertezas com a ameaça do titular da Justiça, Sérgio Moro, de pedir demissão, ministros militares do governo avaliaram, nos bastidores, que o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ganhou uma sobrevida.
Na opinião de generais que atuaram como “bombeiros” na crise, Moro permanecerá ministro porque haverá uma solução de consenso. Nesta quinta-feira, 23, porém, Moro permaneceu em seu gabinete sem saber se o Palácio do Planalto havia batido o martelo sobre a situação de Valeixo.
Interlocutores do ministro disseram ao Estado que ele quer uma solução definitiva sobre o caso, pois não aceita ficar “na corda bamba” nem tampouco qualquer ingerência sobre a Polícia Federal, o braço investigativo do Ministério da Justiça. Delegados da Polícia Federal de São Paulo e de Brasília enviaram manifestações de apoio a Moro e a seus auxiliares. Alguns prometeram se rebelar, caso Bolsonaro indique um diretor da PF ligado a seu grupo político.