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Militantes pedem candidatura de Garotinho

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de ter assinado um documento se comprometendo a ser apenas um militante do PSB, o governador do Rio, Anthony Garotinho, viu a sua cerimônia oficial de filiação ao partido se transformar em ato público em favor da sua candidatura à Presidência da República, em 2002. "Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos Garotinho presidente do Brasil", gritava, em coro, uma multidão de quase 2 mil pessoas que se amontoava no anfiteatro Odilon Costa Filho, durante os intervalos dos discursos políticos. Do lado de fora, outros mil militantes tentavam entrar no teatro, provocando muito empurra-empurra e tumulto com seguranças da Uerj. O presidente nacional do PSB, Miguel Arraes, o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, e a prefeita de Maceió, Kátia Born, prestigiaram a festa de filiação, mas ninguém quis defender abertamente a hipótese de ter o governador do Rio como nome de consenso para uma possível aliança das esquerdas em 2002. Garotinho chegou com uma hora de atraso e entrou no palco do teatro ao som de uma música, composta em 1999 pelo deputado federal e pastor Mattos Nascimento (PSL), cujo refrão também ressalta a defesa da candidatura do governador à Presidência. Por determinação do subsecretário de governo do Estado, Roberto Matos, um panfleto, assinado pelo desconhecido Movimento Garotinho Presidente, com reproduções de pesquisas favoráveis ao governador, era distribuído a prefeitos, vereadores e lideranças socialistas. "Em 2002 vamos ter Garotinho novamente, só não sabemos para quê", disse o governador, revelando seu desejo de concorrer à reeleição ou mesmo ao Palácio do Planalto. Pouco antes, em tom conciliador, disse reconhecer que seu grupo político está dividido sobre esse tema, mas que o momento era de lutar para fazer o PSB crescer nacionalmente. Esse tom, aliás, foi o adotado pelas principais lideranças do partido, que acreditam agora que o PSB tem cacife suficiente para reivindicar até a cabeça de chapa de uma possível alianças das esquerdas em 2002. Com Garotinho, ingressaram no PSB fluminense 115 vereadores, 36 prefeitos, 13 deputados estaduais, três federais e 11 secretários de Estado. O partido passa a ter 44 das 92 prefeituras fluminenses e conta com a segunda maior bancada na Assembléia Legislativa, com 15 deputados estaduais, perdendo apenas para o PMDB.

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