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Militantes agridem jornalistas no sindicato onde Lula está em São Bernardo

Repórteres da 'CBN' e do 'Estado' foram insultados por apoiadores do ex-presidente; líderes tiveram que intervir

Foto do author Daniel  Weterman
Por Ricardo Galhardo , Paula Reverbel , Daniel Weterman e Igor Moraes
Atualização:

Um grupo de militantes cercou e insultou neste sábado, 7, o repórter Pedro Duran, da rádio 'CBN', do Grupo Globo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra desde quinta-feira, 5. Grades foram atiradas contra o jornalista, que teve que ser protegido pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) e seus seguranças. Duran foi colocado num elevador para se refugiar. Um repórter do Estado também foi agredido por um apoiador de Lula enquanto apurava informações.

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A repórter Gabriela Maia, da rádio Band News, também foi agredida no fim da tarde. Ela foi cercada e tomou um soco na barriga. 

Os líderes da CUT e do MTST, Vagner Freitas e Guilherme Boulos, tentaram acalmar os manifestantes, mas o clima é pesado no local. Um grupo de jornalistas está cercado na área da agressão e não consegue sair. 

Repórter é agredido no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde Lula está Foto: Ricardo Galhardo/Estadão

O repórter chegou com identificação de imprensa da CBN pela porta do estacionamento. Estava rodeado de vários outros jornalistas sem identificação. A multidão começou a gritar palavras de ordem contra a Rede Globo e se deslocou atrás do repórter.

Zarattini conseguiu se colocar no meio antes que eles chegassem ao repórter. Houve empurra-empurra e ele foi levado até a parte de acesso restrito. Seguranças dizem que o removeram do predio.

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As agressões a jornalistas têm sido recorrentes nas manifestações contra a prisão de Lula. Houve registros em São Bernardo e em Brasília. Um carro do Correio Braziliense foi apedrejado na capital federal e um fotógrago do Estado foi atingido por ovos na cidade do ABC paulista. 

Curitiba

Equipes de reportagemtambém foram hostilizadas em frente à Polícia Federal em Curitiba. Os maiores alvos são as equipes de televisão, como Globo e SBT. Gritos de ordem contra a imprensa são feitos nos momentos em que os repórteres fazem passagens ao vivo ou gravam falas diante das câmeras. Não há informação sobre casos de agressão físicas.

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Os grupos contrários e favoráveis a Lula estão em áreas separadas. A polícia pediu que as pessoas que protestam não usem caixas de som, embora os dois lados já tenham ligado equipamentos de som. O PT promete fazer uma "vigília permanente" na região. O partido tenta alugar um terreno próximo à PF para montar um acampamento. 

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