A relatora da emenda constitucional que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), mandou há pouco, em pronunciamento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, um recado aos ministros da área econômica, os quais, segundo ela, teriam criticado seu relatório. "Meu relatório não é uma fumaça", afirmou ela. De acordo com a relatora, Mantega, ao mesmo em que faz uma política monetária rigorosa, permite gastos públicos excessivos. A senadora afirmou também que os técnicos dos ministérios da Fazenda e do Planejamento sabem como usar o dinheiro do superávit primário. Por isso, ela sugeriu a utilização do dinheiro do superávit para compensar perdas que o governo teria com a eventual extinção da CPMF. "Sugiro ao ministro da Fazenda e ao ministro do Planejamento o uso do superávit financeiro para compensar as perdas", disse Kátia Abreu. Acrescentou que o governo não consegue gastar nem o que foi autorizado de verba do Orçamento em investimentos, mas "em custeio, gasta mais".