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Mesmo com crise, plano é ampliar ainda mais

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Por Redação
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A crise econômica deve afetar a recuperação dos investimentos dos Estados, embora alguns deles tenham até planos de ampliá-los. O Ceará, por exemplo, está com um plano de investimentos de R$ 5 bilhões em 2009 e 2010, segundo o secretário da Fazenda, Mauro Benevides Filho. O secretário reage à indicação, no levantamento do economista Raul Velloso, de que o Ceará é um dos Estados com queda expressiva na razão entre investimentos e inversões financeiras, de um lado, e receita não-financeira líquida, que saiu de 17,7% para 12% de 2003 para 2008. Os técnicos da Fazenda do Ceará têm números com critérios um pouco diferentes, que mostram uma redução de 16,9% para 15,1%. "Foi um reajuste depois de 2006, para recompor nossa capacidade de investimento", diz Benevides Filho, que frisa que o Ceará é o único Estado com conceito A da Secretaria do Tesouro, e tem indicadores fiscais extremamente sólidos, como a dívida pública de apenas 48,3% da receita líquida, muito abaixo dos 200% da Lei de Responsabilidade Fiscal e mesmo dos 100% da portaria do Tesouro. "O Ceará vai se transformar no Estado com maior investimento sobre a receita líquida", diz. No caso gaúcho, o secretário de Planejamento, Mateus Bandeira, diz que a queda nominal de receita com a crise foi de 4,4%, e que o investimento como fração da receita deve subir de 4% em 2008 para 5,5% a 6% em 2009 (a meta era chegar a 7%). No Rio de Janeiro, o secretário da Fazenda, Joaquim Levy, afirma que a crise não afetará o investimento. "Estamos sendo muito cautelosos com as despesas correntes e de pessoal para evitar impacto negativo."

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