A Mesa Diretora do Senado iniciou às 11h50 desta quinta-feira, 16, a reunião para decidir se envia ao Conselho de Ética a terceira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que já responde a dois processos no colegiado. Veja também: Cronologia do caso Renan Veja especial sobre o caso Renan Senado decide sobre terceiro processo contra Renan Nesta representação, protocolada pelo DEM e PSDB, Renan é acusado de usar laranjas (falsos proprietários) para comprar duas emissoras de rádio em Alagoas, adquiridas por R$ 1,3 milhão em sociedade com o usineiro e ex-parlamentar João Lyra, hoje adversário do senador. A reunião está sendo presidida pelo segundo vice-presidente do Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR). Participam também da reunião Gerson Camata (PMDB-ES); César Borges (PFL-BA), e os suplentes de secretário, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Papaléo Paes (PSDB-AP). O corregedor-geral do Senado, senador Romeu Tuma (DEM-SP), irá nesta tarde a Alagoas para tomar o depoimento de João Lyra sobre a sociedade em empresas de comunicação que o ex-parlamentar afirma que manteve com Renan, em nome de "laranjas". Sua conversa com Tuma será acompanhada por escrivães da Polícia Federal, para que assuma caráter de depoimento. Outros processos Renan é alvo de três representações no Conselho de Ética. A primeira, que está sendo investigada pelo conselho, é por suspeita de ter contas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior. Gontijo pagaria pensão a jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha fora do casamento. O senador é acusado ainda de apresentar notas frias para comprovar renda - ele alega que atividades agropecuárias lhe renderam R$ 1,9 milhão em quatro anos. A Polícia Federal está fazendo a perícia nos documentos e entregará o laudo final na segunda-feira, 20. A segunda representação, acatada na semana passada, é por suposto favorecimento a cervejaria Schincariol. O senador é acusado de interferir no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e na Receita Federal para beneficiar a cervejaria. A empresa teria comprado uma fábrica do clã Calheiros em Alagoas com sobrepreço de mais de 500%. Após muita procura, o presidente do Conselho, senador Leomar Quintanilha (PMDB), anunciou na quarta-feira, 15, a escolha do petista João Pedro (PT) para ser o relator deste processo. (Com Rosa Costa)