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Mesa desiste de plano de saúde e gratificação

Bastante criticadas, medidas não chegaram a vigorar uma única semana

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Por Ana Paula Scinocca e BRASÍLIA
Atualização:

Uma semana após decidir dar nova gratificação para chefes e funcionários com especialização - o que acarretaria um gasto extra mensal de R$ 4 milhões - e ampliar o plano de saúde para os funcionários comissionados, a Mesa Diretora da Câmara voltou atrás ontem e decidiu cancelar as decisões polêmicas. A contratação do novo plano de saúde havia sido colocada sob suspeita porque ocorreria sem licitação e supostamente favoreceria uma grande empresa do setor. O primeiro-secretário da Câmara, Osmar Serraglio (PMDB-PR), que protestara contra as decisões anteriores, comemorou. "A Mesa corrigiu um equívoco. Ao recuar, zerou tudo e permite estudar o caso antes de tomar uma decisão", disse. JUSTIÇA Por meio de nota, a Mesa informou que o pagamento do adicional foi cancelado porque entidades e funcionários decidiram ir à Justiça para exigir o pagamento retroativo a 2007, o que a Câmara não admitia. "Poderia acarretar mais gastos", alegou. Sobre a questão do plano de saúde, a Câmara anunciou que faria a ampliação do benefício aos comissionados, sem aumento da sua contrapartida. Caberia ao Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis), então, negociar com empresas privadas para conseguir a ampliação do plano para os 12 mil funcionários comissionados. Na nota, a Mesa afirma que uma nova decisão sobre o plano de saúde agora ficará "na dependência de uma proposta fundada em números por parte do Sindilegis" e de consultas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Agência Nacional de Saúde. O presidente do Sindilegis, Magno Mello, afirmou que as propostas eram boas, mas não foram esclarecidas. Em meio às críticas, ele foi recebido em assembleia do sindicato com servidores cobrando sua renúncia.

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