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Mesa da Câmara deve encaminhar pedido de cassação de dois deputados nesta quarta-feira

Deputados são acusados de negociar propina com construtoras em troca de emendas

Por Agencia Estado
Atualização:

A Mesa da Câmara vai encaminhar ainda hoje ao Conselho de Ética as acusações contra os deputados B. Sá (PSB-PI) e Domiciano Cabral (PSDB-PB), licenciado do mandato, por supostamente terem negociado o recebimento de propina de construtoras em troca de emendas ao Orçamento da União. Os dois processos vão se somar aos outros 69 que serão abertos na próxima semana contra os deputados acusados pela CPI das Sanguessugas, por suposto envolvimento no esquema da máfia das ambulâncias. Assim como no caso dos 69 deputados, o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), deverá abrir os processos contra Sá e Cabral na próxima terça-feira. Com a abertura do processo, acaba o prazo para os deputados renunciarem aos seus mandatos para fugir de eventual cassação e perda dos direitos políticos. No último dia 2, a Mesa havia aprovado o relatório do corregedor da Casa, Ciro Nogueira (PP-PI), que recomendava o envio do pedido de cassação dos dois deputados ao conselho. A Mesa, no entanto, solicitou à Polícia Federal que enviasse à Casa todos os documentos referentes à denúncia contra Sá e Cabral. Nesta terça-feira, a secretaria da Mesa recebeu o ofício do Ministério da Justiça informando que não há nenhum dado novo sobre o processo, dessa forma, a representação seguirá ao conselho. Sá e Cabral teriam sido flagrados em conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal com autorização judicial. Nas conversas, B. Sá estaria supostamente negociando propina com executivo da construtora OAS para destinar recursos para obras da barragem de Poço Marruá, no Piauí. Domiciano Cabral estaria negociando propina com a construtora Cojuda, de propriedade de seu sogro, Julião Medeiros, para liberação de pagamento para obras da empreiteira.

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