
09 de julho de 2009 | 11h52
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante, defendeu na manhã desta quinta-feira, 9, a apuração rigorosa da revelação feita pelo jornal O Estado de S.Paulo de que parte dos R$ 1,3 milhão de recursos destinados pela Petrobras à Fundação José Sarney, para projeto de incentivo à cultura, foi transferido para empresas da família do senador José Sarney (PMDB-AP) e para empresas fantasmas. Mercadante disse que está aguardando o pronunciamento da Fundação para avaliar os desdobramentos políticos na Casa.
O líder disse, no entanto, que não vê uma relação direta da Petrobras com os indícios de irregularidade. Mercadante argumentou que, como se trata de um projeto ligado à Lei Rouanet, a prestação de contas se faz junto ao Ministério da Cultura e não na instituição patrocinadora. "Isso não quer dizer que não haja irregularidades. Tem de apurar, tem de ser investigado com todo rigor", disse Mercadante.
A reportagem do Estado revela que, do total de R$ 1,3 milhão repassado pela estatal, pelo menos R$ 500 mil foram parar em contas de empresas prestadoras de serviço em endereços fictícios em São Luís (MA) e em uma conta paralela que não tem ligação com o projeto. Outros R$ 30 mil foram para a TV Mirante e duas emissoras de rádio de propriedade da família Sarney.
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