Mercadante nega ter funcionários de Senado em sua campanha

Candidato petista foi denunciado por suspeita de usar seu motorista do Senado

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Por Redação
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ARAÇATUBA - O senador Aloizio Mercadante, candidato ao governo de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores, voltou a negar nesta quinta-feira, 29, ter funcionários do Senado a serviço de sua campanha, conforme denúncias publicadas no jornal O Estado de S. Paulo. Mercadante negou inclusive que seu motorista Alexandre Ramos Fonseca trabalhe em seus compromissos de campanha. Na reportagem, o senador admitiu que Fonseca estava sendo usado para compromissos de campanha, mas nesta quinta-feira, ele negou as declarações.

 

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"Nunca o usei para campanha eleitoral", afirmou o senador. Segundo Mercadante, suas palavras foram mal interpretadas. "Mas já estou explicando tudo isso em carta enviada ao jornal", disse. Mercadante disse que todos servidores do Senado que atuam na sua campanha foram exonerados antes de entrar na disputa. Ele também tentou explicar o fato de sua assessora de imprensa ter distribuído sua agenda política. "Ela recebeu um telefonema solicitando a agenda, mas minha agenda é aberta", disse.

 

O senador participou nesta quinta-feira de uma carreata pelas ruas de Araçatuba, a 560 Km de São Paulo, sobre um jipe. Depois caminhou pelo Calçadão Comercial da cidade, onde posou para fotos e deu entrevista. Na coletiva, disse que no seu governo o estado de São Paulo vai entrar na guerra fiscal. "Não vamos deixar nosso Estado ser passado para trás, como aconteceu nos últimos anos, quando o interior perdeu muitas indústrias para o Mato Grosso do Sul", disse, dando como exemplo o município de Três Lagoas, na divisa com São Paulo, que nos últimos dez anos recebeu mais de R$ 6 bilhões de investimentos e vai receber outros R$ 10 bilhões nos próximos três anos, por conta de incentivos estaduais oferecidos pelo governo sul-mato-grossense.

 

"A indústria de calçados, de biscoitos e agora a de celulose foram para aquele município, que soube se aproveitar a omissão do governo de São Paulo para tirar as indústrias daqui", disse o senador. "Nós vamos tratar o assunto com isonomia, o que outro estado oferecer nós também vamos oferecer", afirmou. Segundo ele, seu governo pretende criar agencias de desenvolvimento no interior e fazer um "Pacto Paulista" para melhorar a economia.

 

Mercadante voltou a atacar o PSDB ao comentar a tática de sua campanha de tentar obter votos enaltecendo a gestão de Lula. "Eles continuam escondendo o Fernando Henrique Cardoso porque não têm o que falar sobre o governo dele. Imagino que ele esteja muito aborrecido com isso", afirmou. Mercadante também criticou a condução do PSDB com a segurança, educação e saúde no estado de São Paulo e disse que só compara os governos federais numa campanha regional porque não tem como fazer as comparações em São Paulo. "Não tenho como fazer as comparações estaduais porque aqui só o PSDB governou nos últimos 16 anos", disse antes de embarcar para Limeira.

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