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Mercadante diz que racha do DEM e PSDB ajuda Marta

Senador afirmou também que a atual ministra do Turismo fez um 'grande governo' na capital paulista

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Por REJANE LIMA
Atualização:

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse nesta sexta-feira, 28, em Santos (SP), que, "seguramente", as candidaturas próprias do DEM e do PSDB a prefeito de São Paulo contribuirão para o desempenho da ministra do Turismo, Marta Suplicy, pré-candidata do PT, nas urnas. "A divisão na oposição é evidente, que contribui, não só para viabilizar o segundo turno, mas (para) a chance de nós crescermos no segundo turno", afirmou. Mercadante afirmou também que Marta fez um "grande governo" na capital paulista. "A prefeita Marta trouxe projetos inovadores, o CEU (Centro Educacional Unificado), o Bilhete Único, projetos de integração de transporte, qualidade de educação e cultura. Acho que tudo isso vai ser muito reconhecido", completou. Porém, ele negou que o partido tenha comemorado a falta de aliança entre o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). "A gente não tem de olhar os adversários; temos de cuidar da nossa campanha, ter boas propostas, fazer uma campanha consistente, alianças, acho que é isso que ganha eleição", disse. Citando a avaliação positiva obtida pelo governo federal na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) encomendada ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), divulgada ontem, que mostrou que 68% dos eleitores confiam no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mercadante declarou que as realizações nacionais são decisivas para a legenda vencer as eleições municipais. "Esse reconhecimento, essa valorização do governo Lula, isso, seguramente, ajudará mais os municípios", completou. Sobre o fato de o mesmo levantamento mostrar que a popularidade do Congresso é negativa (61% dos entrevistados disseram não confiar no Legislativo), o senador do PT de São Paulo acredita que entende o sentimento do povo e culpou a oposição pelo mau desempenho na sondagem. Oposição "Como o governo está muito bem, a oposição fica com dificuldade de encontrar um discurso, então, ela está muito sectária e, basicamente, (faz) denuncismo e obstrução. O Congresso, invés de estar discutindo os temas da sociedade e melhorando a vida do povo, fica o tempo inteiro numa disputa que não tem o menor sentido." Mercadante julgou que ele próprio perde "muita energia" e que não está satisfeito com o trabalho do Parlamento. "Quando um político cai no buraco, a primeira coisa que ele tem de fazer é largar a pá, parar de cavar. Eu acho que a oposição deveria parar de cavar para a gente poder sair do buraco do Legislativo e encontrar o relacionamento com a sociedade." Apesar de dizer que ainda é cedo para discutir a sucessão presidencial, o senador do PT acha que a legenda tem muitos nomes para a administração federal. Mercadante admitiu ainda que "não tem segurança" para concluir que os petistas envolvidos com a crise do mensalão tinham potencial para concorrer ao Poder Executivo federal. "Mas o partido tem muitos nomes, excelentes, testados na vida pública, com experiência executiva, e saberá escolher um nome à altura de dar continuidade a esse projeto", prosseguiu, esquivando-se de mencionar nomes ou comentar a possibilidade de a candidata ser a chefe da Casa, Civil Dilma Rousseff. PT "O PT foi o partido mais votado nas últimas eleições no Brasil, no Legislativo, o mais votado na Câmara dos Deputados; isso dá muita força ao partido para se preparar para a sucessão, então, nós vamos ter um bom candidato que vai dar continuidade ao governo Lula. Acho que a continuidade vai ser um valor eleitoral muito grande", completou. Mercadante passou o dia na Baixada Santista. Visitou a Unidade de Petróleo e Gás da Bacia de Santos e reuniu-se com líderes políticos na cidade e em São Vicente e Cubatão.

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