
09 de dezembro de 2013 | 18h44
Na cerimônia, o ministro Jorge Hage comemorou que "há muitos avanços no avanço ao combate à corrupção". Ressalvou, no entanto, que ainda há uma série de medidas necessárias a serem tomadas para que estas ações se tornem mais efetivas. E listou algumas delas: a reforma política, reforma no processo judicial e a participação mais efetiva dos estados e municípios, no combate às praticas criminosas.
Em seu discurso, o ministro lembrou avanços dos dez anos da criação da CGU, destacando que o Brasil acabou se tornando um exemplo mundial por causa de iniciativas como a criação do Portal da Transparência, as fiscalizações em municípios, a demissão de 4,3 mil servidores federais e a Lei de Acesso à Informação. E defendeu que este exemplo fosse seguido por estados e municípios porque o fato destas duas instâncias não acompanharem os avanços a nível federal acaba prejudicando o combate à corrupção e a percepção da corrupção no país.
Para o ministro Hage é importante que o sistema eleitoral impeça doações de empresas e que o Legislativo aprove leis que limitem o direito a recursos nos processos criminais e cíveis. Na opinião do ministro, o criminoso de colarinho branco que tenha dinheiro para pagar bons advogados consegue usar recursos protelatórios, atrasando o julgamento de seus processos em 10, 15 ou 20 anos. "Isso ocorre muitas vezes com dinheiro obtidos da corrupção", observou o ministro.
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