O menor A.S.C., o "Adrianinho", de 17 anos, um dos quatro acusados pela Polícia Civil de Campinas de ter participado do assassinato do prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, está depondo desde as 15 horas de hoje no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), de São Paulo, que assumiu as investigações depois que o PT denunciou uma série de erros primários e distorções no inquérito conduzido pela polícia de Campinas. Adrianinho chegou ao DHPP acompanhado pelo advogado designado pela família de Toninho e pela prefeitura de Campinas para acompanhar as investigações, o criminalista Ralph Tortima Stettingar. Stettingar afirmou que não alimenta grandes expectativas com o depoimento. "Adrianinho deverá repetir o que já disse exaustivamente à polícia", acredita o advogado. Adrianinho foi acusado por Anderson Rogério David, o "Boca", de ter executado o prefeito, juntamente com Globerson Luiz Moraes da Silva, o "Gro", e Flávio Mendes Claro, o "Flavinho". Em seu primeiro depoimento à polícia, o próprio Boca disse ter participado do assassinato do prefeito. Em seguida, ele desmentiu sua participação, disse que foi forçado pela polícia a confessar o crime, mas manteve a acusação sobre os outros três. Gro, Flavinho e Adrianinho negam qualquer participação. Apenas Adrianinho continua preso, por sua participação em outros crimes. Os demais foram colocados em liberdade por falta de provas. A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, o único órgão autorizado a divulgar informações oficiais sobre as investigações, sequer sabia que o depoimento seria realizado. "Não temos informações sobre isso", afirmou a assessoria. Estão depondo também no DHPP duas testemunhas do caso do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT). Os nomes dos depoentes são mantidos em sigilo.