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Meninas e meninos não têm mesmas oportunidades no País, diz Unicef

Por Agencia Estado
Atualização:

O Unicef lançou hoje, simultaneamente em 13 capitais brasileiras, relatórios sobre a situação da infância e da adolescência no Brasil. Segundo os documentos, para melhorar de maneira definitiva os indicadores sociais, é preciso fazer investimentos na área da infância e dar prioridade às crianças. Em seu discurso no lançamento dos relatórios, a representante do Unicef no Brasil, Reiko Niimi, disse que ?o País tem metas a alcançar para garantir a eqüidade a suas crianças e adolescentes. E, para alcançá-las, precisa superar as iniqüidades que ainda fazem diferentes as oportunidades para meninas e meninos brasileiros?. O lançamento dos relatórios em Brasília teve presença da senadora Patrícia Saboya, da Frente Parlamentar pela Criança; do chefe de gabinete do ministro Cristovam Buarque, Marcelo Aguiar; e da secretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Denise Paiva. O documento brasileiro traz dados sobre as diferenças de acesso a serviços de saúde e educação entre crianças pobres e ricas, que vivem em áreas rurais ou urbanas, que crescem no Sul ou no Norte do País. ?Quando uma criança nasce, sua etnia, a renda de sua família, a escolaridade de sua mãe determinam as oportunidades que ela terá na vida. Nascer menina ou menino, por exemplo, pode mudar as possibilidades da criança freqüentar a pré-escola e o ensino fundamental?, disse Reiko Niimi. Segundo ela, esses desafios podem ser superados. ?O Brasil já percorreu um caminho. Aprendemos que as iniqüidades são resolvidas sempre que há vontade própria. O Brasil demonstra saber, em alguns casos, que as iniqüidades podem ser superadas e as diversidades - geográficas, de gênero, culturais - são verdadeiras riquezas, e não algo a ser combatido", disse. A representante do Unicef no Brasil ressaltou ainda que "ao lado dos alarmantes dados estatísticos, o relatório Situação da Infância e Adolescência Brasileiras mostra algumas das experiências onde o Brasil prova que é possível superar as discriminações". O projeto Bolsa-Escola é destacado como uma das melhores experiências do mundo para garantir o acesso e a permanência das crianças na escola. Entre experiências de 14 países, a bolsa-escola brasileira é exemplo no Brasil, na África e na América Latina.

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