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Mendonça de Barros responde às críticas de Lula

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, aproveitou hoje a realização de um evento voltado para empresários da área de telecomunicações, em São Paulo, para responder às críticas que o presidente de honra e presidenciável do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, fez ao processo de privatização do governo Fernando Henrique. "Declarações como essa são motivos que o levaram a perder três eleições", disse. Na sexta-feira, Lula disse, durante visita ao Sindicato dos Bancários, na capital paulista, que o processo de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso "foi um estupro tão grave quando os cometidos pelo maníaco do Parque". A afirmação do petista foi em referência aos crimes pelo qual o motoboy Francisco Pereira de Assis está sendo julgado. Na opinião do ex-ministro, "Lula foi muito modesto" ao dizer que o PT só perde eleição para o próprio PT. "Se o Partido dos Trabalhadores perder as eleições do ano que vem, não vai ser por causa do PT, mas sim por causa do próprio Lula", disse. "O Lula tem vários públicos e ele precisa entender que quando ele fala para determinado público, como foi o caso no sindicato dos bancários, isso reflete em toda a sociedade." Ao fazer um prognóstico das eleições de 2002, o ex-ministro disse que haverá duas opções: um candidato de centro-direita (ele não citou nomes) ou um de centro-esquerda, citando o presidente de honra do PT. "Apesar da sociedade já estar cansada desses oitos anos de governo FHC, o que pode prejudicar o Lula são esses arroubos revolucionários. Agredir as privatizações pode render alguns dividendos em alguns setores", afirmou. "Isso pode atingir uma parte da sociedade que foi beneficiada com esse processo e que não gosta de comentários desse tipo." O ex-ministro admitiu ainda que Lula poderia até falar mal da privatização do setor elétrico. "Mas não das privatização do setor de telecomunicações, pois isso beneficiou toda a sociedade." Mendonça de Barros conduziu o processo de privatizações após a morte do ministro Sérgio Motta.

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