Mendes faz paralelo com Bolívia e sugere acordo

Por Eduardo Kattah
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu ontem uma solução política para a crise do Senado e disse que a Casa se assemelha à Bolívia, onde "os presidentes não terminam o mandato". "O Senado não encontra meios e modos de um funcionamento regular. Praticamente, o Senado hoje está parecendo a Bolívia. Os presidentes não terminam o mandato, ou ficam ameaçados de perda do mandato", disse. A Bolívia, desde que foi criada, em 1825, é o país que mais presidentes trocou por causa do estágio avançado de instabilidade política local. Entre 1978 e 1982, nove pessoas assumiram a cadeira de presidente, das quais apenas duas foram eleitas constitucionalmente. O presidente do STF esteve em Belo Horizonte, onde participou de reunião conjunta do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) e do Conselho Nacional de Secretários de Justiça (Consej). Apesar das críticas, ele não quis opinar quando indagado se a solução para a crise do Senado seria o afastamento de seu presidente, José Sarney (PMDB-AP).

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