Mendes critica atos, mas poupa presidente

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Por Mariângela Gallucci
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou ontem que "a regra no âmbito da administração pública é a publicidade", ao ser indagado sobre os atos secretos do Senado. Segundo ele, "deve ter havido uma grande falha sistêmica para que se produzisse ato secreto". Apesar da crítica à falta de transparência de atos, Mendes poupou o presidente da Casa, José Sarney. "Tenho o maior respeito pelo presidente Sarney. Temos um diálogo constante. Acho que é uma pessoa importante na história do Brasil, conduziu a transição democrática com grande habilidade." Ele lembrou que Sarney foi o primeiro presidente do País depois do regime militar. O presidente do STF também fez críticas ao pagamento de salários acima do teto do funcionalismo, que é de R$ 24,5 mil. O valor é pago mensalmente aos ministros do Supremo. "As decisões do STF têm sido claras no sentido da preservação do teto." Mendes defendeu a aprovação de uma proposta em tramitação no Congresso para que o salário dos ministros do Supremo seja reajustado para R$ 25.725. Ele reconheceu que a inflação é baixa no País, mas disse que houve perda de remuneração e que há reivindicações de juízes por um reajuste.

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