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Membros do MLST detidos por posse ilegal de armas

Por Agencia Estado
Atualização:

Nove integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), que estavam entre os integrantes do acampamento instalado pelo movimento na Fazenda Queixada, em Barretos, foram detidos nesta segunda-feira por posse ilegal de armas. Segundo informações obtidas junto ao Plantão da delegacia Seccional de Barretos, uma viatura que estava fazendo vigília na fazenda constatou que uma das porteiras havia sido derrubada por um trator. Seguindo o rastro do trator, a viatura chegou até os integrantes do movimento, que estavam ainda no veículo e com cavalos. No total, eram 11 integrantes do movimento, mas dois deles, que estavam com cavalos, conseguiram fugir. Foram apreendidos no local dois revólveres calibre 38 e, segundo os policiais que fizeram a apreensão, os fugitivos também estavam com armas de cano longo apoiadas nas costas. As armas apreendidas estavam com sua numeração raspada. O tenente André Luís Hannickel, que acompanhou a apreensão, disse que os integrantes do movimento serão identificados e podem ser liberados após a constatação da propriedade da arma, ou sob fiança. Segundo o tenente, a viatura estava fazendo a vigília no local para impedir novos confrontos entre os integrantes do MLST e outros trabalhadores rurais de Barretos, que também reivindicam a área ao Incra. Na semana passada, a área de 1,3 mil hectares já havia sido palco de conflito entre os integrantes dos dois movimentos, com a detenção de 11 pessoas e três feridos. Os integrantes do MLST, que estão acampados no local desde o dia 5 de maio, foram informados somente nesta segunda-feira sobre a reintegração de posse concedida pela Justiça aos proprietários da área. Na semana passada, eles pediram um acordo para que a retirada acontecesse somente no domingo, mas ela foi adiada para quarta-feira, porque os integrantes do movimento entraram na Justiça com um pedido de cassação da liminar que garantia a reintegração de posse. Como o pedido foi negado, o oficial de Justiça comunicou nesta segunda o prazo para que o MLST abandone a área até o final da tarde desta terça-feira. Caso isso não aconteça, a Polícia Militar deve convocar reforço dos batalhões das cidades vizinhas para fazer a retirada do grupo, que é formado por cerca de 200 famílias, segundo os líderes do movimento.

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