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Mello diz que CPMF já pode ser votada

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio de Farias Mello, que concluirá hoje um período de uma semana no exercício da Presidência da República, afirmou agora que a proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga a vigência da CPMF é um "tema pronto para a votação". "O que eu penso é que certas matérias têm de estar maduras. Creio que o período de tramitação da PEC se mostrou suficiente e tem-se o tema pronto para a votação. Que decidam os representantes do povo, os representantes do Estados, a favor ou contra a proposta encaminhada, mas que haja decisão." Posição eqüidistante Mello disse que após uma semana exercendo a Presidência da República em substituição ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que voltará hoje ao STF com uma experiência maior e uma compreensão maior das dificuldades do Poder Executivo, mas isso não significa que passará a votar a favor das causas do governo no Supremo. Segundo Mello, esses sete dias no Palácio do Planalto lhe permitiram "perceber o que é a vida do Poder Executivo, as dificuldades, os obstáculos que precisam ser contornados, as políticas a ser implementadas, direcionadas em prol do bem comum." A uma pergunta sobre a possibilidade de estar agora mais inclinado a votar a favor do governo no Supremo Tribunal, no julgamento de processos envolvendo o Executivo, Mello respondeu taxativamente: "Não, não. Continuo na minha posição eqüidistante. O dia em que tiver que votar a favor de uma política em curso, porque é agasalhada pela ordem jurídica, eu o farei. No dia que tiver que votar contra, porque tenho uma toga sobre os ombros, não hesitarei em fazê-lo." O presidente Fernando Henrique chega da Itália no final do dia de hoje, e Mello reassumirá então a Presidência do STF. Ele disse que sete dias na Presidência da República foram suficientes para avaliar as dificuldades do governo: "Quando se vive intensamente, não há espaço de tempo. É uma percepção dos problemas, não são problemas para serem equacionados, porque esses deixo para o presidente."

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