30 de setembro de 2009 | 13h10
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, 30, que não está em seus planos se candidatar ao governo de Goiás. A declaração foi feita durante a cerimônia de filiação ao PMDB, em Goiânia.
"A possibilidade de me candidatar a governador está descartada", disse, acrescentando que essa hipótese seria incompatível para uma pessoa que exerce o cargo de presidente do Banco Central.
Na avaliação de Meirelles, para sair candidato a governador, ele precisaria deixar o cargo neste momento, o que garantiu que não fará. "Enquanto estiver no Banco Central, sou presidente do Banco Central", afirmou.
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De acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou sua permanência no cargo até março, prazo final para anunciar uma candidatura. "Certamente, considerarei o pedido do presidente Lula", afirmou.
Mais cedo, Meirelles disse ter escolhido o PMDB pois o partido abriu as portas para ele. "É sempre um dia feliz para mim estar em Goiás e participar do debate", afirmou. "Estou aqui para somar, mas não sou candidato a nada neste momento", disse Meirelles, ao chegar ao aeroporto de Goiânia, onde era aguardado para a cerimônia de filiação.
Meirelles afirmou ainda ser "normal" em diversos países do mundo a filiação de uma pessoa à frente de um Banco Central a um partido político. "Filiação é um direito de cidadania." O presidente do BC enfatizou inclusive que outros presidentes do Banco Central brasileiro também já se filiaram. "Seria inusitado que se cassasse o direito político de alguém em um cargo público", observou.
Ele disse ter certeza de que caso venha a se decidir pela saída da direção do BC, os benefícios à população vão prevalecer. "O próximo presidente do Brasil terá compromisso com a estabilidade", comentou.
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