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Medida Provisória vai reajustar mínimo e tabela do IR

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Por Agencia Estado
Atualização:

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o novo salário mínimo de R$ 350,00 será definido por medida provisória a ser baixada nos próximos dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mesmo ocorrerá com o reajuste de 8% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. O novo salário entrará em vigor em abril, enquanto o reajuste do imposto deve acontecer, segundo Dilma, em fevereiro. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o governo Lula está perseguindo a promessa de campanha de dobrar o valor do salário mínimo, afirmando que essa promessa não foi uma aventura. "Estamos praticamente dobrando o poder de compra, estamos quase chegando lá", disse Marinho. "Quero dizer que o governo vai deixar, ainda nesta gestão, uma política de salário mínimo", acrescentou Marinho. Perguntado se, como sindicalista, ele estava satisfeito com o valor de R$ 350,00 e se o considera suficiente para um trabalhador, Marinho disse que não, mas se declarou satisfeito com a evolução do valor do mínimo, levando em conta o que foi deixado pelo governo passado. "Se você considerar que, em oito anos, Fernando Henrique deixou um desastre econômico, eu estou, sim, satisfeito", disse Marinho. Dilma Rousseff disse que, se a oposição insistir em apresentar uma proposta de elevação do mínimo para mais de R$ 350,00, deverá indicar fonte de recurso para custear o reajuste. Segundo a ministra, o reajuste do mínimo hoje anunciado foi fechado levando em conta uma política fiscal responsável. Quanto ao impacto da elevação do valor do novo mínimo da proposta inicial de R$ 321,00 para R$ 350,00 sobre a Previdência, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que ele será de R$ 5,6 bilhões por ano. Já o impacto com o reajuste da tabela do IRPF em 8%, segundo ele, será de R$ 2,5 bilhões. Sobre as reclamações dos municípios quanto ao reajuste do mínimo, Marinho disse que se deve levar em conta que o novo mínimo vai também elevar a arrecadação de impostos municipais. "A gente não pode entrar numa neura de pensar que só haverá impacto", disse.

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