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Médicos protestam contra planos de saúde

Por Agencia Estado
Atualização:

Há seis anos a maioria dos médicos brasileiros que atendem por meio de convênios não tem reajuste no valor recebido pela consulta. Essa, porém, é apenas um das queixas da categoria, que realiza nesta quarta-feira o Dia Nacional da Mobilização contra os piores planos de saúde. Como forma de protesto, os médicos pretendem suspender o atendimento de consultas eletivas (não urgentes) de parte dos clientes de planos de saúde em todo o País. Os médicos recebem entre R$ 7 e R$ 29 por consulta. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Gilberto Camanho, esse valor deveria ser de R$ 36. "A situação está insustentável, porque não recebemos nada de aumento e as empresas aumentam a mensalidade em até 10% ao ano", afirma o presidente da AMB, Eleuses Paiva. Segundo ele os médicos também vão gastar mais tempo nas consultas para explicar aos 40 milhões de pacientes de planos de saúde os problemas pelos quais estão passando e o que é necessário fazer para melhorar as condições de trabalho. O protesto, apoiado por todas as entidades médicas do País, é simbólico. Mas o passo seguinte pretende "eleger" os piores convênios de cada Estado: os médicos responderão a um questionário que será feito por um instituto de pesquisas e o resultado sairá em um mês. "Aí vamos fazer um movimento nacional de rua", diz Paiva. A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abrange) não vai se pronunciar sobre o protesto. Segundo a Abrange, o contrato do médico com as operadoras não determina um índice de aumento da tarifa por consulta e cada profissional faz um "tipo de contrato" com as empresas.

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