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Médicos brasileiros testam cirurgia robótica

Por Agencia Estado
Atualização:

Médicos do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro simularam uma operação para a retirada da vesícula de um porco com a ajuda de um robô. O médico que conduziu a cirurgia estava a cinco metros da mesa de operação, em outra sala, no comando da máquina Zeus - três braços mecânicos operados à distância por joystick e comando de voz. Foi a primeira vez que se utilizou um robô para operações no Rio de Janeiro. O Zeus foi criado nos Estados Unidos para ser usado em locais onde a presença do cirurgião não é possível - como numa guerra ou numa estação espacial. Os comandos são passados para o robô via satélite. Os médicos que defendem a técnica alegam que o Zeus aumenta a precisão da cirurgia, filtra o tremor das mãos do médico e permite suturas mais precisas do que as feitas na já conhecida técnica da videocirurgia, já que no novo equipamento o cirurgião tem visão em três dimensões. O robô de US$ 1 milhão foi apresentado durante o primeiro Encontro Multidisciplinar de Videocirurgia Robótica. "Depois dessa reunião, vamos elaborar um documento para ser enviado ao Ministério da Saúde, pedindo a liberação desse equipamento o mais rápido possível", disse o presidente da Sociedade de Cirurgia Videolaparoscópica do Rio de Janeiro, Cláudio Crispi. A técnica já é utilizada no exterior, mas ainda não foi aprovada no Brasil. O experimento seria feito numa leitoa. O animal chegou a ser anestesiado, mas os médicos desistiram de operá-lo porque treinaram poucas horas no Zeus. A cirurgia foi simulada nas vísceras de um porco sacrificado no dia anterior. A leitoa poupada acabou nas mãos dos alunos de odontologia e ganhou aparelho dentário.

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