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Médicos alertam: diabete é doença silenciosa

Por Agencia Estado
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Basta responder a sete perguntas para medir o risco de desenvolver diabete. Dois alunos do último ano de medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) adaptaram um questionário da Associação Americana de Diabete para a população brasileira. Amanhã é Dia Mundial da Diabete. Médicos aproveitam a data para alertar as pessoas sobre a doença caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue. O questionário adaptado foi aplicado em 407 funcionários de uma empresa da capital paulista. Para avaliar sua eficiência, todas as pessoas fizeram exame de sangue para dosar o nível de glicose no organismo. A comparação dos resultados comprovou que o questionário funciona como um alerta e deve ser usado pelas pessoas pelo menos uma vez por ano. O trabalho dos estudantes foi premiado no Congresso Acadêmico Paulista de Medicina. "Muita gente só descobre que tem diabete depois de enfartar", alerta Silvio Reggi, um dos estudantes. "Do começo da instalação da doença até seu diagnóstico, costuma levar seis ou sete anos." Isso porque a diabete age no organismo de forma silenciosa. Mesmo sem sintomas, a doença agride o corpo e pode provocar complicações se não for tratada logo. O enfarte é uma delas. "A diabete tem crescido em proporções alarmantes", diz Antonio Roberto Chacra, professor da Unifesp que orientou o trabalho dos estudantes. No Brasil, a doença atinge 6 milhões de pessoas. O endocrinologista José Carlos Cavenaghi, do Hospital das Clínicas, diz que excesso de peso e história de diabete na família são os principais fatores de risco para a doença. "Mas todas as pessoas devem se cuidar, passando por revisões médicas periódicas", diz ele.

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