Médicos admitem que mais de um vírus pode causar Sars

Por Agencia Estado
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A Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) é fatal em 5% dos casos e não se sabe ainda de quantas maneiras ela pode ser transmitida. A doença já matou 203 pessoas e infectou quase 3.900 desde que surgiu no sul da China, em novembro. No Canadá, país mais atingido fora da Ásia, cientistas dos Ministério da Saúde disseram que o coronavírus pode não ser o único agente causador da doença. Segundo o médico Paul Gully, porta-voz do ministério, o coronavírus só foi identificado em 50% dos pacientes com Sars. "Temos uma visão um pouco menos otimista do que a Organização Mundial de Saúde e consideramos cedo demais para falar de um medicamento ou vacina capaz de erradicar a Sars", disse, em entrevista ao jornal La Presse de Montreal. A China anunciou neste domingo que Pequim tem quase dez vezes mais casos de pneumonia atípica do que o anunciado no último boletim oficial, passando de 37 casos para 346. O ministro da Saúde e o prefeito da capital foram afastados de seus cargos e dos esforços de combate à doença. As demissões reforçam os indícios de que os números sobre a doença no país estavam sendo camuflados. Há semanas as autoridades chinesas são acusadas de displicência no combate à epidemia e de mascarar os números de mortos e infectados. O presidente Hu Jintao ameaçou punir severamente funcionários que não reportassem os dados corretamente. Com os novos números, a China contabiliza 79 mortes e 1.814 casos de Sars, segundo o vice-ministro da Saúde, Gao Qiang. Ele admitiu que o ministério não estava preparado para lidar com a epidemia e não deu instruções claras para controlar a doença. Veja o índice de notícias sobre a pneumonia atípica

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