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Médico vai responder aos processos em liberdade

Por Agencia Estado
Atualização:

O médico Marcelo Caron, acusado de ter provocado a morte de cinco pacientes em cirurgias plásticas, poderá continuar respondendo em liberdade aos processos por duplo homicídio qualificado e exercício ilegal da medicina. Um decreto de prisão preventiva contra o médico, que atuava em Brasília e Goiânia, foi revogado na quinta-feira pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Caron chegou a ser preso em 14 de fevereiro, mas foi solto quatro dias depois por um habeas corpus. A decisão tomada ontem pelo TJDF ratifica esse habeas corpus. Os desembargadores do Tribunal entenderam que não há motivo para a prisão preventiva, já que o médico está se apresentando espontaneamente a todas as audiências judiciais e entregou o passaporte e o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) para a Justiça Federal. De acordo com a decisão, a ordem pública está garantida porque, sem o registro, o médico não poderá mais fazer cirurgias. O Tribunal entendeu ainda que a lei penal está sendo aplicada normalmente, já que Caron tem residência fixa e demonstrou, com a entrega do passaporte, a intenção de permanecer no País. O médico está sendo denunciado pela morte de Vera Lúcia de Oliveira, 27 anos, Janet Virgínia de Figueiredo, de 43, Flávia de Oliveira Rosa, de 23, Grasiela Murta Oliveira, de 26 e Adcélia Martins de Sousa, de 39 anos. Todas elas fizeram cirurgias de lipoaspiração com Caron e morreram em conseqüência de lesões em órgãos vitais. Janet, por exemplo, sofreu seis perfurações no intestino e morreu dias depois da cirurgia, vítima de infecção generalizada.

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